segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Um relato sincero de parto!

Antes de tudo, quero deixar claro que a intenção deste post não é polemizar. Tenho pavor dessa guerra atual de cesárea x parto normal x parto natural. Esse tipo de discussão me cansa. Cada uma sabe o seu limite e o que acredita ser o melhor para si. Não é porque tive um parto normal que sou mais mãe que alguém que optou por cesariana ou menos mãe que alguém que escolheu parto natural. 
Ressalvado isso, vamos à minha experiência pessoal. Eu sempre tive muito medo de parto normal, por tudo o que dizem, pelo jeito que é retratado na tv, enfim. Eu pensava que o único jeito de um bebê sair de mim era através de uma cesariana. Daí eu engravidei. Conheci uma obstetra apoiadora de partos normais (cesáreas apenas quando necessário). Tive uma gestação complicada, com dilatação e contrações precoce e 99% de chances de ter um parto prematuro. Li muito a respeito (exceto sobre como seria o parto em si, para não assustar), descobri os benefícios do parto normal para bebês prematuros (parece que o trabalho de parto, contrações e esmagamento natural ajudam a limpar os pulmões dos bebês) e li relatos de que a minha condição física (colo do útero curto) traria mais possibilidades de um parto rápido. E assim, de uma hora para a outra, eu mudei de ideia e optei pelo parto normal.

relato de parto normal

Entrei em TP dois dias antes do parto, mas sem perceber, tanto que só fui na emergência por insistência da minha sogra e achava que ia chegar lá e me mandariam de volta para a casa...Eu já estava perdendo o tampão há um mês e tinha contrações desde as 20 e poucas semanas de gestação (contrações de treinamento, claro). Ao entrar em TP, essas contrações tornaram-se mais frequentes, ritmadas e dolorosas (mas nada comparadas com as que a gente vê na tv!). Na madrugada de domingo para segunda-feira (ele nasceu no final da tarde de segunda), acordei toda vez que tinha uma contração e tive dor de barriga. Aí acendeu o sinal de alerta. Pela manhã, acordei, tomei café, até tirei o esmalte das unhas e lixei, almocei e aí, mais por alarde da sogra, fiz o marido me levar na emergência. Chegando lá fizeram o monitoramento das contrações e exame de toque. 4 dedos de dilatação (eu já tinha 2 dedos desde que comecei a perder o tampão) e o bebê teria que nascer naquele dia. Ligaram para minha GO que logo chegou no hospital, fui internada e tive que fazer lavagem intestinal (porque arrecém tinha almoçado) e tricotomia. Me colocaram no soro para indução do parto (o que achei ótimo, pois não tinha intenção de passar um dia inteiro tendo contrações para ter total dilatação).

As contrações fortes iniciaram às 16h, logo minha GO teve que estourar minha bolsa (esse momento foi o mais doloroso!) e depois disso mal deu tempo do meu marido trocar de roupa e o Davi nasceu às 18h12min, Fiz força umas 4 vezes e quando foram chamar o anestesista ele nasceu. Ou seja, foi um parto sem anestesia! O parto dói sim, mas tudo suportável. Claro que meu parto foi bem rápido, se tivesse demorado talvez eu não pensasse o mesmo. Mas a recuperação é incrível. Fui para a sala de recuperação e já jantei. No dia seguinte já fiquei de pé e caminhei numa boa. Ah, tive pontos de episiotomia. Algumas pessoas consideram isso violência obstétrica. Eu acho que violência é não ter o corte e você se arrebentar toda por dentro. Eu tomei 4 pontos que cicatrizaram muito bem e esta tudo muito bem, obrigada. Ah, o parto normal contribui também para o leite descer mais rápido e o corpo voltar logo ao normal.

Como já disse antes, cada mulher sabe o seu limite e tem que optar pelo que é melhor para si, sem traumas. Mas posso dizer que o parto normal não é nada daquilo que a gente vê na tv e é uma experiência transformadora!
Beijinhos,
Elis

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Injeções de Celestone na gravidez

Mamães que correm o risco de ter um parto prematuro (como foi o meu caso, devido ao colo curto), normalmente são orientadas pelo GO a usar corticóides para amadurecer o pulmão do bebê. Eu não tenho conhecimento técnico para dar muitas informações a respeito desse remédio, mas vou comentar a minha experiência pessoal: Tomei duas injeções de Celestone injetável (3 ampolas cada, obs: não é o Soluspan) com 26 semanas de gestação. Foram 24 horas entre uma aplicação e outra.

Injeções de Celestone durante a gravidez


Você toma na farmácia mesmo, porém aconselho a comprar as ampolas com antecedência, pois ao menos aqui em Porto Alegre, não são todas as farmácias que têm este medicamento (tivemos que procurar bastante, sendo que tinha farmácia que tinha apenas uma ampola para vender). A injeção não doeu nada (talvez porque a menina que aplicou fosse bem delicada) e o único efeito colateral que senti foi um pouco de taquicardia durante a noite, no primeiro dia de aplicação. Fiz as aplicações na Panvel da Obirici (eles não tinham o medicamento, só o Celestone Soluspan. Tive que comprar as 6 ampolas em 4 farmácias diferentes). Os corticóides não me engordaram, nem me deixaram inchada.

Efeitos colaterais das Injeções de Celestone na gravidez

  • Somente um pouco de taquicardia durante a noite, no primeiro dia de aplicação. (no meu caso)

O Davi nasceu com 34 semanas e 3 dias, sem necessidade de UTI (só foi internado após 4 dias de nascido, mas por causa de amarelão!) e com apgar 9/10. Ou seja, se o seu médico receitar Celestone, não hesite em tomar!

Celestone Soluspan

Obs: Li na internet que a diferença entre o Celestone Soluspan e o Injetável é que com o primeiro o efeito é gradativo, enquanto com o injetável é imediato. Eu não sei se essa informação procede, a única pessoa hábil a responder é o seu GO!

Beijinhos,
Elis

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

O que levar na malinha da maternidade?

Para uma mãe de primeira viagem, organizar a mala da maternidade é uma tarefa beeem difícil... Digo isso por experiência própria, a gente acaba levando quase o guarda roupa inteiro do bebê para poder ter certeza que nenhum item indispensável irá faltar... Bom, como o Davi veio antes do tempo, só consegui arrumar a malinha dele, nem preciso dizer que passei trabalho tendo que contar com  o marido para achar camisola, calcinha, etc para mim... Por isso, a minha primeira dica é deixar o quanto antes as malas prontas, tanto a do bebê, quanto a sua! Outra dica essencial é verificar se no site do hospital em que ocorrerá o seu parto há alguma lista com os itens a serem levados na mala da maternidade...Isso me ajudou bastante, o Davi nasceu no Moinhos de Vento (em Porto Alegre) e usei exatamente os itens que constavam na listinha do site (http://www.maternidademoinhos.org.br/mamae-informada/malinha-da-internacao.aspx)! Vamos aos itens que, na minha opinião, são indispensáveis:

O que levar na mala da maternidade?


o que levar para maternidade - mala da maternidade

MALA DO BABY:

  1. 5 bodies de manga comprida
  2. 5 calças
  3. 5 tip tops
  4. 5 pares de meia
  5. 5 fraldinhas de boca
  6. Cobertor
  7. Touquinha
  8. Manta para sair da maternidade
Obs: O Davi nasceu no auge do verão, no fim de janeiro. Mesmo assim, ele não usou roupas de verão porque era prematuro e porque o hospital tinha um ar condicionado insuportavelmente gelado. Por essa razão inclui a touquinha na lista. Quando ele nasceu não levei nem touca, nem cobertor, e tive que fazer o marido buscar em casa, senão o bebê ia virar um boneco de gelo, coitadinho! Ah, no site do hospital dizia exatamente esse número de itens, parece que é muito, mas devemos levar em consideração que o bebê suja muita roupa nos primeiros dias e, no meu caso, ficamos 4 dias internados porque ele era prematuro, então precisei até buscar mais roupinhas no decorrer dos dias. Ah, normalmente os hospitais tiram fotos do bebê para colocar no site, então leve em consideração ter uma roupinha bonitinha para este momento (se você der bola para isso!).

Obs. 2: O Moinhos fornece todos os itens de higiene que o bebê vai utilizar e, inclusive, ganhamos uma bolsinha com alguns mimos. Porém, se você prefere algum tipo específico de fralda ou lenço umedecido, por exemplo, leve o seu.

MALA DA MAMÃE:

  1. Documentos (RG, CPF, carteira do plano de saúde, cartão do banco)
  2. Celular e carregador
  3. Máquina fotográfica (que pode ser substituída pelo celular, mas como eu tinha uma máquina legalzinha, levei também para filmar o parto, principalmente)
  4. 2 camisolas ou pijamas
  5. 5 Calçinhas
  6. Uma roupinha confortável para usar durante o dia quando receber visitar (se preferir, é claro. Eu fiquei de camisola todos os dias, por falta de opção hehe). Lembre-se que se o bebê for para a UTI (batendo na madeira 3x para que isso não aconteça), você vai ter que ficar percorrendo o hospital de camisola e isso não é das experiências mais confortáveis da vida.
  7. Cobertor (foi o item que mais me fez falta, senti muito frio por causa do ar e tive que dividir com o baby a coberta)
  8. Almofada de amamentação (eu esqueci de levar e tive que usar o travesseiro do acompanhante para este fim)
  9. Chinelos
  10. Itens de higiene: escova e pasta de dentes, escova de cabelo, desodorante, perfume (para quem preferir), absorventes noturnos (os do hospital são um fraldão horroroso e no meu caso, parto normal, só precisei deles no primeiro dia, depois os noturnos que a gente compra na farmácia deram conta do fluxo), shampoo, condicionador, sabonete líquido, presilha para cabelo, e o que mais você julgar necessário.
  11. 2 Sutiãs de amamentação
  12. Absorventes para os seios
  13. Conchas para os seios pós parto - No hospital me recomendaram essas da foto abaixo, foram bem úteis nos primeiros meses:



Basicamente é isso! Espero ter ajudado de alguma forma!
Beijos,
Elis