Antes de tudo, quero ressaltar que o leite materno é o melhor alimento para o bebê, devendo ser sua forma exclusiva de alimentação até os 6 meses de idade, e de forma complementar, a partir desta idade. Claro que esta regra não vale para aquelas mães que não podem ou não conseguem amamentar, mas este não é assunto deste post.
A OMS recomenda o aleitamento materno até os 2 anos ou mais da criança.
Pois bem, eu tinha como meta pelo menos até o 1 aninho do Davi...Tinha, porque as coisas foram ficando complicadas e mudei de ideia. A partir dos 8 meses ele começou a fazer o meu peito de chupeta e acordava de hora em hora, com a pontualidade de um relógio britânico, e só voltava a dormir mamando... Se não ganhasse peito era aquela choradeira e eu acabava cedendo porque era menos cansativo que tentar fazê-lo dormir de qualquer outro jeito...E assim foi indo até os 11 meses, nem preciso comentar o bagaço humano que me tornei né! Não bastasse isso, com o nascimento dos dentes superiores ele passou a me morder...Se eu mandasse parar, ele achava que era brincadeira, ria e mordia mais. Daí foi o ponto final que eu precisava para fazer o desmame completo dele.
Como ele é um bebê um tanto geniosinho, achei que o desmame ia ser a maior dor de cabeça da minha vida. Resolvi começar aos poucos e tentar fazer de forma que não fosse um trauma para ele, nem me causasse mastite. A partir dos 9 meses fui substituindo uma mamada do dia por uma mamadeira de NAN. No início ele não aceitava, mas continuei insistindo e logo ele aceitou numa boa. Implementada com sucesso essa substituição, passado um mês, troquei duas mamadas por mamadeiras. Passadas umas três semanas, passei a amamentar apenas antes de dormir e durante a madrugada. Quando ele fez 11 meses vieram as festa de fim de ano e viemos para a praia com a família. Ele começou a se cansar mais e interagir com mais gente diferente. Não sei se isso foi um fator que facilitou o desmame, mas nessa mesma época passei a amamentar apenas antes de dormir. Se ele acordasse na madrugada (o que faz todos os dias desde que nasceu), eu oferecia a mamadeira. Nas primeiras noites ele recusou, então eu oferecia o seio, deixava um minuto e substituia pela mamadeira. Deu certo. Em poucos dias ele estava preferindo a mamadeira e mal tocava o seio. Passei a não oferecer mais o seio e ele aceitou numa boa, nunca mais pediu. Já fazem duas semanas que o desmamei e não houve nada de choro, nem empedramento das minhas mamas. Claro que eu tiro um pouco do excesso de leite no banho, mas a cada dia o volume vem diminuindo.
Dicas para o desmame:
- Cada criança tem um temperamento. Às vezes o que dá certo com uma, não funciona com a outra. O negócio é sempre ir testando diferentes alternativas.
- No momento em que você tiver certeza que quer mesmo fazer o desmame do bebê, NUNCA volte atrás. Isso compromete todo o esquema atual e os futuros! Mesmo sendo difícil, não desista!
- Existem bebês que não aceitam a mamadeira por não gostar do leite artificial, peça auxílio do pediatra e teste diferentes marcas de leite.
- Não faça o desmame achando que seu filho irá parar de acordar na madrugada. Salvo raras exceções, isso não funciona. A partir dos 11 meses, o Davi começou a ter blocos maiores de sono e eu ainda o amamentava. No entanto, assim que mais dentes começaram a nascer ele passou a acordar em torno de 3 vezes na madrugada, mesmo só tomando leite artificial!
Beijos, Elis